sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Das saudades...

A chuva levou o charme da lua
E abafou a voz da poesia
Que se dispersava pela noite,
chorosa
contemplativa.

Os sonhos vividos ou colhidos
Marcavam as nuvens
Com suas desiluões
Os limites reais e fugidios
Permaneciam no horizonte
Ignorando as ondas
e o vento.

Na porta de casa
Sentada no tapete "Bem-vindo"
Estava a saudade
Coloquei a chave devagar
E fui deixando-a se apossar
De minhas pétalas
e espinhos.

Quando entrei
Já não tinha forças
Sem charme
Sem lua
Sem sonhos
Só restava aquela
Que sentada a minha porta
Lembrava-me
de mim.

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