Arrastei-a pela mão
por toda a ladeira
Com euforia
rendia-lhe canções e poemas
Saltitava carinhos
Sorria aconchegos
Embalava sonhos
e dava-lhe de presente.
Ela pôs a mão no meu ombro
e sussurou baixinho e ofegante
ia largando-me pelo caminho
sentada na estrada
eu continuava a seguir
Olhei para trás um momento
ela respirava, exausta.
Fui adiante.
Na próxima esquina
Esperava-me a poesia.
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terça-feira, 31 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Saudades no jardim
Tão efêmera noite que ti trás ao meu pensamento.
Saudade, pequeno tempero na estrada.
A estrada que recebe tua insólida certeza de aventura
desenha curvas de imagens e músicas que me levam ao jardim.
A Chuva cai no jardim com o peso da saudade.
Os espinhos estão mais rudes na rosa em terras encharcadas.
As palavras sangram em ti e na rosa.
Na estrada a chuva abandou a saudade;
mas sem força ela continua a visitar a rosa.
Saudade, pequeno tempero na estrada.
A estrada que recebe tua insólida certeza de aventura
desenha curvas de imagens e músicas que me levam ao jardim.
A Chuva cai no jardim com o peso da saudade.
Os espinhos estão mais rudes na rosa em terras encharcadas.
As palavras sangram em ti e na rosa.
Na estrada a chuva abandou a saudade;
mas sem força ela continua a visitar a rosa.
O Banco
Sentei no banco para esperar a fantasia passar.
Não tinha ladrilhos nem pedras de brilhantes na rua.
Como meu amor poderia caminhar?
Sentada ao banco a lua me chamou para dançar.
Na espera pelo meu desconhecido amor, do banco não ousei me afastar.
O vento passou.
A chuva ameaçou.
So o meu amor não passou.
A lua que silênciosamente espreitava, cantou baixinho nossa melodia.
O banco vazio aguardava o meu novo fantasiar.
Não tinha ladrilhos nem pedras de brilhantes na rua.
Como meu amor poderia caminhar?
Sentada ao banco a lua me chamou para dançar.
Na espera pelo meu desconhecido amor, do banco não ousei me afastar.
O vento passou.
A chuva ameaçou.
So o meu amor não passou.
A lua que silênciosamente espreitava, cantou baixinho nossa melodia.
O banco vazio aguardava o meu novo fantasiar.
Varanda
A chuva da varanda secou a noite.
A lua cheia de pecados bateu a janela do quarto;
olhou pelo vitral, e ficou admirando a valsa dos corpos inquietos.
A chuva da varanda inundou o corpo que se banhava ao luar do jardim...
A varanda permanecia cheia de sombras molhadas e coloridas pelo vitral.
Com o cansar dos corpos no quarto, a lua foi brincar com a chuva no jardim.
A lua cheia de pecados bateu a janela do quarto;
olhou pelo vitral, e ficou admirando a valsa dos corpos inquietos.
A chuva da varanda inundou o corpo que se banhava ao luar do jardim...
A varanda permanecia cheia de sombras molhadas e coloridas pelo vitral.
Com o cansar dos corpos no quarto, a lua foi brincar com a chuva no jardim.
domingo, 22 de agosto de 2010
Dos ventos...
Ainda sobre o telhado...
O vento me achou.
Sussurrou pra poesia
E me levou a seus braços
devagar...
Discutimos nossa relação
Brigamos pelas mesmas coisas bobas
E ficamos ali, parados
Na porta da inspiração.
Ela queria que eu entrasse primeiro
Eu lhe pedia que fosse antes
Suspiramos...
Ela partiu.
Colhi uma flor
Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer.
Ela volta.
@>--'--
O vento me achou.
Sussurrou pra poesia
E me levou a seus braços
devagar...
Discutimos nossa relação
Brigamos pelas mesmas coisas bobas
E ficamos ali, parados
Na porta da inspiração.
Ela queria que eu entrasse primeiro
Eu lhe pedia que fosse antes
Suspiramos...
Ela partiu.
Colhi uma flor
Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer.
Ela volta.
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Luzes
Capinei cada canto de tua sombra,
que se esvaia no planalto.
os homens pastavam tuas palavras
com olhares de prisioneiros foragidos.
Refletia teu espírito de esperança
em terra que desmorona
sobre teus filhos.
Deitei e desenhei teus contornos virtuosos.
A ríspida pedra, de teus traços, queimam
a ousada mão que ti suplica.
Cantei alto e não me fiz escutar.
Gritei os delírios de teus fieis,
e larguei me aos pés incansáveis.
Fugi da luz e capinei mais a frente.
Fingi desconhecer te e fui mais a frente.
Cansei me e voltei para tua sombra.
Capinei as ervas de tuas palavras.
sábado, 21 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Das saudades...
A chuva levou o charme da lua
E abafou a voz da poesia
Que se dispersava pela noite,
chorosa
contemplativa.
Os sonhos vividos ou colhidos
Marcavam as nuvens
Com suas desiluões
Os limites reais e fugidios
Permaneciam no horizonte
Ignorando as ondas
e o vento.
Na porta de casa
Sentada no tapete "Bem-vindo"
Estava a saudade
Coloquei a chave devagar
E fui deixando-a se apossar
De minhas pétalas
e espinhos.
Quando entrei
Já não tinha forças
Sem charme
Sem lua
Sem sonhos
Só restava aquela
Que sentada a minha porta
Lembrava-me
de mim.
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E abafou a voz da poesia
Que se dispersava pela noite,
chorosa
contemplativa.
Os sonhos vividos ou colhidos
Marcavam as nuvens
Com suas desiluões
Os limites reais e fugidios
Permaneciam no horizonte
Ignorando as ondas
e o vento.
Na porta de casa
Sentada no tapete "Bem-vindo"
Estava a saudade
Coloquei a chave devagar
E fui deixando-a se apossar
De minhas pétalas
e espinhos.
Quando entrei
Já não tinha forças
Sem charme
Sem lua
Sem sonhos
Só restava aquela
Que sentada a minha porta
Lembrava-me
de mim.
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