sábado, 19 de abril de 2008

Às vezes

Às vezes, por entre as palavras, eu o reencontro
Naquelas que me dizem para viver o dia,
O momento, o segundo, o último instante.
Ele me ensinou a não apenas existir,
A fazer da vida uma poesia.

Às vezes, por entre sons, eu o abraço
Nas canções que me trazem saudades
Que ontem, melancolia; hoje, nostalgia.
Ele me ensinou a me permitir
A fazer dos amigos, irmãos.

Às vezes, por entre sensações, eu o chamo
Nos sonhos que me trazem conforto.
Que ontem, eróticos; hoje, fraternos.
Ele me ensinou a refrear a ansiedade
A fazer dos impulsos, cautela.

Às vezes, por entre olhares, eu o contemplo
Naqueles dias que quero apenas viver o momento
Com ilusões e muito charme.
Ele não me ensinou nada.

Às vezes, eles ensinam.
Às vezes, eu aprendo.
@>--'--

Um comentário:

Profª Amanda Leite Novaes disse...

"Às vezes"...Uma expressão que denota incertezas...Imprecisões...Dúvidas?Talvez... Algo que não seja frequente, corriqueiro..."Talvez"? Olha a dúvida aí novamente...Mas,é isso, "ás vezes" arriscamos...enfrentamos...Permitimo-nos, sim...A questão é: porque só "às vezes"? Certa vez eu li algo assim: "Nossas dúvidas fazem com que percamos coisas boas que poderíamos conseguir se não tivéssemos medo das tentativas". Isso me marcou deveras, mas, ainda assim, às vezes eu tento e arrisco. São as inconstâncias da vida...Adorei a reflexão, Parabéns! Só poderia mesmo vir de diálogo entre rosas e cristais...É possível?rsrs.Beijos!