sexta-feira, 1 de agosto de 2008

TEUS

Um empurrão no corredor e teu calor no bolso.
Teu olhar carmim no espaço dançando,
Teus passos no percurso de tua sala.

Aqui, em mim, um prisioneiro sem redenção.
Planejo os encontros de teus girassóis com meus sons.
Desejo a ternura de tua doce melodia ao meu fim do dia.
As noites mais quentes, com teu florir bailar.

Canto aos jardins, que não mais possuirei um prazer,
Se a ti não puder esperar, e deleitar-me ao teu sono.
Um jardineiro infiel, com terras nas mãos e pés na lama.
Um amante fiel de tua primaveril beleza.

Fortes tropeços na rotina de teus afazeres.
Uma fornalha no corpo, e o teu retrato na frente.
Marcas de teus deslizes e de minhas fraquezas.

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