quinta-feira, 1 de maio de 2008

Das distâncias...

Minha amada Rosa,

Lembro-me, com bastante ternura, de certa vez que
me perguntaste: "o que é o amor?". Certamente não seria agora que me chegarias com uma questão mais fácil...

As distâncias...

às vezes estamos lado a lado e estamos tão longe
às vezes tão longe e tão interligados
mas estas são medições de espaço, que também podem ser pensadas no tempo..
As vezes anos parecem nunca ter passado
As vezes instantes, minutos, parecem uma grande distância.

E quando é que ela não existe?
Quando nao permitimos que as barreiras de medo e vergonha nos afoguem dentro de nós mesmos...
Quando diante do amor, da paixão, do encanto, permitimo-nos ser autênticos, sentir, sonhar... sorrir ou chorar...
Não deixando os orgulhos e rancores estagnarem nosso olhar,
Não deixando os tropeços do caminho esfriarem nosso sangue,
Sem deixar que o ingrediente que torna a vida dinâmica
nos torne estáticos.

É preciso se distrair, minha rosa...
E de repente... a distância se vai.

"Se você nao se distrai, o amor não chega
A sua música não toca
O acaso vira espera e sufoca
A alegria vira ansiedade
E quebra o encanto doce
De te supreender de verdade

Se você não se distrai, a estrela não cai
O elevador não chega
E as horas não passam
O dia não nasce, a lua não cresce
A paixão vira peste
O abraço, armadilha
(...)
Se você não se distrai
Não descobre uma nova trilha
Não dá um passeio
Não ri de você mesmo
A vida fica mais dura
O tempo passa doendo
E qualquer trovão mete medo
Se você está sempre temendo
A fúria da tempestade.

Hoje eu vou brincar de ser criança
E nessa dança, quero encontrar você
Distraído, querido
Perdido em muitos sorrisos
Sem nenhuma razão de ser
Olhando o céu, chutando lata
E assoviando Beatles na praça
Hoje eu quero encontrar você."

(Christiaan Oyens e Zélia Duncan)

@>--'--

Nenhum comentário: